O escritor José Saramago afirmou a um diário português que «Portugal acabará por integrar-se em Espanha». A ideia da «união ibérica» é recorrente e, nos últimos tempos, já havia sido trazida à discussão pelo descuidado ministro Lino, também ele adepto de transformar a mais velha nação da Europa em mera província espanhola.
Os projectos iberistas estão na ordem do dia: protocolos transfronteiriços, gestão comum das zonas raianas, sondagens sobre o «iberismo» dos portugueses. Tudo com vista a criar um clima de habitualidade e contando com o apoio discreto dos federalistas de Bruxelas.
O PNR rejeita que Portugal seja pulverizado pelo federalismo e irá bater-se sempre contra a implantação de um governo supra-nacional. É o caso do tratado que, depois do "não" à Constituição Europeia, nos querem agora impor pela porta do cavalo. Os Portugueses já não tiveram oportunidade de se pronunciar sobre a adesão à União Europeia, nem sobre os acordos de Schengen ou o Tratado de Maastricht.
O PNR exige a defesa intransigente da independência nacional e a realização de um referendo ao novo tratado, que a presidência portuguesa pretende aprovar sem plebiscito.
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